quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A cortesia dignifica

A cortesia dignifica

Gafes enormes têm sido cometidas por pessoas desabituadas à prática uniforme da cortesia no tratamento diário com seus semelhantes. Pouco importa se com conhecidos ou com estranhos.
Conta-se que a rainha Vitória, da Inglaterra, quando hospedada no castelo de Windsor, não longe de Londres, costumava fazer passeios a pé. Certa vez, num de seus passeios, a soberana foi surpreendida por uma chuva inesperada. Bateu à porta da primeira casa no campo para pedir emprestado um guarda-chuva. Uma senhora de maneiras rudes veio à porta, ouviu o pedido e, resmungando, desapareceu. Voltou instantes depois com um velho guarda-chuva.
- Tenho outro melhor, explicou ela, mas como não espero ver este guarda-chuva de volta, a senhora pode levá-lo.
A rainha agradeceu amavelmente e prosseguiu seu passeio.
No dia seguinte um “gentleman” trajado em librê parou em frente da casa. A senhora veio abrir a porta e ficou surpreendida de receber de volta seu guarda-chuva e uma bolsa com algumas libras esterlinas.
- É um presente da parte de sua majestade, a rainha Vitória.
A pobre mulher caiu das nuvens, mas era tarde para corrigir a má impressão que deixara. O único preventivo para evitar tais gafes teria sido a prática de uma cortesia uniforme.
“A caridade não tem bandeira”, diz o provérbio, e tampouco a cortesia. Não conhece barreiras de raça, cor ou posição social. É a manifestação espontânea de um caráter habituado a tratar a todos com delicadeza. A cortesia dignifica tanto o que a estende como o que a recebe.

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