Autor: Jon Talber[1]
Série: Educadores e Pais
"Acreditar que uma coisa é verdadeira não a torna real..."
Aquele que é Educador por vocação não se especializa, mas, antes disso, se flexibiliza...
Há uma tentativa de criar-se um homem que transcenda os aspectos das divisões étnicas e sociais. Este, a despeito das diferenças instituídas pelos limites geográficos das nações, costumes e crenças, seria guiado apenas pela sua natureza, isto é, pela condição de pertencer ao gênero humano. Assim, todas as demais diferenças criadas ao longo dos tempos, e das tradições, seriam colocadas de lado, prevalecendo apenas este último aspecto como centralizador de toda realidade humana.
Mas enquanto isso não é possível, nem sabemos se um dia será, cumpre ao educador compreender essas contradições e conflitos. Há o indivíduo, e este é o alvo da educação, e do educador. E este é complexo, cheio de distorções, egocêntrico por natureza, injusto por instrução.
Injustiça se aprende assim como o senso de justiça. Não se nasce injusto ou justo, incoerente ou coerente, estes são aspectos gerais do modelo cognitivo aplicado, que herdamos dos nossos antepassados, da nossa tradição, do nosso acervo sócio-cultural.
Esse indivíduo, que é o foco do educador, como entidade complexa que é, merece ser observado com outros olhos, de forma personalizada. Olhar com visão coletiva é o primeiro grande equívoco.
Lembre-se, somos primeiramente indivíduos e embora façamos parte de uma coletividade, separadamente, somos diferentes. Exceto por um acometimento patológico de ordem genética, de berço, somos iguais em potencialidades, mas depois de crescidos, as diferenças são evidentes.
A coisa é simples: somos iguais nos aspectos gerais da fisiologia, ou nos aspectos sensoriais, ou como entidades biológicas sujeitas às leis de vida e da morte, mas, a partir desse ponto começam as diferenças. E existem as exceções, que são as falhas genéticas, os erros naturais na estruturação celular, onde alguns estão mais vulneráveis a enfermidades, que outros. E nesse aspecto, argumentar que exista uma etnia superior a outra, é um absurdo, um delírio, uma delinquência, uma vez que todos estão na mesma condição.
E individualmente existem algumas diferenças que se manifestam na fisiologia, e isso está mais relacionado à genética familiar e ao estilo de vida do que com os aspectos étnicos. E assim, alguns são mais resistentes, mais longevos, geneticamente mais adaptáveis ao meio ambiente. E no reino animal a regra é: os mais capazes deixam herdeiros mais capazes; os mais fracos não. Não inventamos isso, está lá na cartilha da natureza.
Somos iguais em necessidades, não em funcionamento. Entender as diferenças é primeiro compreender estes aspectos de forma incontestável. Alguns são naturalmente mais fortes, já nasceram assim, e seu potencial é ser ainda mais forte. Outros já nasceram fracos, e seu potencial é de se fortalecerem. São iguais em natureza evolutiva, não em padrões metabólicos, ou em sua fisiologia interna. Por isso somos indivíduos. As evidências falam sem a necessidade de intermediários.
Fora os aspectos biológicos e fisiológicos, existem outras variáveis. São as nuances sociais, culturais, os costumes, as ondas doutrinárias e religiosas, tudo aquilo que cuida do conteúdo da nossa psique, aquilo que nos dá uma identidade comportamental que chamamos de personalidade. Absorvemos tudo isso e podemos opinar, nos posicionarmos como entidades pensantes, ou como replicadoras dos pensamentos tirados da cultura onde vivemos.
E todo esse processo condicionante também interfere em nosso temperamento, uma vez que ele é bastante plástico. E isso quer dizer que, pressionado pelas influências externas da mesologia onde estamos inseridos, acabará por se identificar, se automodelando de acordo com os hábitos que ali são praticados.
E eis o educador diante dessa imensa variedade de indivíduos que possuem duas coisas em comum, duas verdades: a primeira é que habitam, compartilham do mesmo mundo, enquanto que a segunda é que, psicologicamente, não somos iguais, nunca fomos, nunca seremos.
Mas enquanto isso não é possível, nem sabemos se um dia será, cumpre ao educador compreender essas contradições e conflitos. Há o indivíduo, e este é o alvo da educação, e do educador. E este é complexo, cheio de distorções, egocêntrico por natureza, injusto por instrução.
Injustiça se aprende assim como o senso de justiça. Não se nasce injusto ou justo, incoerente ou coerente, estes são aspectos gerais do modelo cognitivo aplicado, que herdamos dos nossos antepassados, da nossa tradição, do nosso acervo sócio-cultural.
Esse indivíduo, que é o foco do educador, como entidade complexa que é, merece ser observado com outros olhos, de forma personalizada. Olhar com visão coletiva é o primeiro grande equívoco.
Lembre-se, somos primeiramente indivíduos e embora façamos parte de uma coletividade, separadamente, somos diferentes. Exceto por um acometimento patológico de ordem genética, de berço, somos iguais em potencialidades, mas depois de crescidos, as diferenças são evidentes.
A coisa é simples: somos iguais nos aspectos gerais da fisiologia, ou nos aspectos sensoriais, ou como entidades biológicas sujeitas às leis de vida e da morte, mas, a partir desse ponto começam as diferenças. E existem as exceções, que são as falhas genéticas, os erros naturais na estruturação celular, onde alguns estão mais vulneráveis a enfermidades, que outros. E nesse aspecto, argumentar que exista uma etnia superior a outra, é um absurdo, um delírio, uma delinquência, uma vez que todos estão na mesma condição.
E individualmente existem algumas diferenças que se manifestam na fisiologia, e isso está mais relacionado à genética familiar e ao estilo de vida do que com os aspectos étnicos. E assim, alguns são mais resistentes, mais longevos, geneticamente mais adaptáveis ao meio ambiente. E no reino animal a regra é: os mais capazes deixam herdeiros mais capazes; os mais fracos não. Não inventamos isso, está lá na cartilha da natureza.
Somos iguais em necessidades, não em funcionamento. Entender as diferenças é primeiro compreender estes aspectos de forma incontestável. Alguns são naturalmente mais fortes, já nasceram assim, e seu potencial é ser ainda mais forte. Outros já nasceram fracos, e seu potencial é de se fortalecerem. São iguais em natureza evolutiva, não em padrões metabólicos, ou em sua fisiologia interna. Por isso somos indivíduos. As evidências falam sem a necessidade de intermediários.
Fora os aspectos biológicos e fisiológicos, existem outras variáveis. São as nuances sociais, culturais, os costumes, as ondas doutrinárias e religiosas, tudo aquilo que cuida do conteúdo da nossa psique, aquilo que nos dá uma identidade comportamental que chamamos de personalidade. Absorvemos tudo isso e podemos opinar, nos posicionarmos como entidades pensantes, ou como replicadoras dos pensamentos tirados da cultura onde vivemos.
E todo esse processo condicionante também interfere em nosso temperamento, uma vez que ele é bastante plástico. E isso quer dizer que, pressionado pelas influências externas da mesologia onde estamos inseridos, acabará por se identificar, se automodelando de acordo com os hábitos que ali são praticados.
E eis o educador diante dessa imensa variedade de indivíduos que possuem duas coisas em comum, duas verdades: a primeira é que habitam, compartilham do mesmo mundo, enquanto que a segunda é que, psicologicamente, não somos iguais, nunca fomos, nunca seremos.
A igualdade psicológica não é possível, uma vez que temos cérebros individuais, fisiologicamente semelhantes, mas nunca iguais. E embora sejam alimentados pelo mesmo espírito do mundo, ou mente do mundo, têm a capacidade de absorver esse conteúdo de forma exclusiva, relativa, pessoal. Assimilam de acordo com sua capacidade cognitiva, de conformidade com suas idiossincrasias.
Compreender esse fato coloca nas mãos do educador, o verdadeiro, aquele que o é por vocação, uma chave capaz de abrir muitas portas, especialmente aquelas de cunho psicológico. Trabalhar a psique do educando dentro do escopo que lhe é permitido é o papel do educador, e é até onde ele pode chegar. É ilusão achar que pode ir além desse ponto. Trabalhar de forma adequada esse atributo, seria tudo, não precisaria de mais nada.
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